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Quer investir em fundos? Conheça a taxa de entrada

Quer investir em fundos? Conheça a taxa de entrada

Sempre que você vai alocar seu dinheiro em fundos de investimento, pode ter que arcar com o pagamento da taxa de entrada. Apesar de ser pouco comum, essa cobrança é válida.

Na prática, a taxa de entrada é um percentual incidente sobre a aplicação de capital. Porém, ela tem algumas particularidades. Por exemplo, não está presente em todos os fundos.

Então, como entendê-la e evitá-la? Será que vale a pena optar por um fundo que faça essa cobrança? Para chegar a essas respostas, precisamos fazer cálculos e ter informações. Neste post, explicamos melhor. Confira.

O que é taxa de entrada?

A taxa de entrada é um percentual incidente sobre o montante aplicado em um fundo de investimento. Ela é feita logo na alocação do capital. Por isso, é menos comum, já que é mal vista pelos investidores.

Chama-se também  taxa de ingresso ou taxa de carregamento antecipada, essa cobrança é realizada antes da obtenção de qualquer rendimento. Por isso, ela impacta a quantia a ser resgatada.

Devido a suas características, a cobrança da taxa de entrada é mais comum nos fundos de previdência privada. Porém, nada impede que ela esteja presente em outras modalidades.

O motivo de sua existência é o incentivo ao investidor a ficar mais tempo com o dinheiro aplicado. Afinal, é possível compensar a quantia paga com a rentabilidade no longo prazo.

Para que serve?

Além de incentivar o investidor a manter o capital aplicado por mais tempo, a cobrança tem o objetivo de cobrir os custos de manutenção e administração dos fundos. Contudo, é isenta na maioria dos casos.

Como a cobrança funciona?

Investidor calcula a taxa de entrada de um fundo de investimento

Mais do que saber o que é taxa de entrada, é importante conhecer seu funcionamento. Aplica-se o percentual sempre que se realiza o aporte.

Ele recai sobre a quantia investida. Portanto, quanto maior for o montante aplicado, maior será o valor efetivamente cobrado.

Normalmente, a alíquota fica entre 1% e 5%. No entanto, existem casos em que chega a 10%. Esse é o máximo. Por isso, é preciso atentar a essa cobrança antes de entrar no fundo de previdência privada.

Para entender melhor como essa cobrança funciona, imagine que fará um aporte de R$ 1.000 com taxa de entrada equivalente a 5%. A cobrança ocorre já na alocação do capital.

Portanto, para saber quanto vai pagar, é preciso multiplicar a quantia pelo percentual. Nesse caso, a taxa de entrada será de R$ 50. Isso significa que o total aplicado diminui para R$ 950.

Qual a diferença para a taxa de saída?

A taxa de saída é outra cobrança de carregamento, mas ocorre no momento do resgate dos valores. Ela pode existir mesmo se for aplicado o percentual na entrada.

Assim, é mais um fator que diminui a rentabilidade prevista. Ou seja, ambas as taxas precisam ser consideradas no momento de escolher o investimento.

Essas cobranças também geram controvérsia justamente por terem um impacto significativo no retorno. Especialmente, no longo prazo.

Ainda há especialistas que argumentam que essa cobrança é inadequada. Isso porque ela serve para a remuneração dos gestores. Assim, algumas pessoas sugerem que eles focam mais os ganhos do que o desempenho do fundo de investimento.

É possível evitar a taxa de entrada?

O pagamento da taxa de entrada existe, mas não é obrigatório. Muitos fundos isentam essa cobrança. Por isso, é possível selecionar aqueles que se enquadram nesse critério.

Além disso, vale a pena comparar os custos dos fundos e observar outros fatores. Os principais são:

  • desempenho histórico;
  • risco;
  • consistência de ganhos.

Assim, é possível analisar a qualidade da gestão efetivada. Além disso, você pode verificar todos os custos na lâmina do fundo. Desse modo, verá se vale a pena escolher um fundo com taxa de entrada ou se existe outro mais atrativo.

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    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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