A regulamentação de fundos de investimento imobiliário (FIIs) completou 30 anos no Brasil e o sucesso do investimento pode ser medido pelo número de investidores, que chegou a 2,20 milhões em junho, segundo boletim da B3 divulgado nesta semana.
A evolução no número de investidores nesta classe impressiona. Em busca de uma renda passiva sem precisar comprar e administrar os imóveis, o número de pessoas interessadas em investir em FIIs aumenta cada vez mais e a variedade dessa classe de fundos também cresce.
Em junho, foi calculado 825 fundos cadastrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e 481 FIIs listados na B3, segundo a bolsa. Escolher em qual investir não é uma tarefa fácil, como já explicamos em outros artigos (aqui), requer uma lição de casa minuciosa e uma pesquisa atenta, mas vamos ajudar, mostrando um pouco das vantagens dos galpões logísticos.
Galpões logísticos e o comércio elétrico
O avanço do comércio eletrônico durante a pandemia pegou as empresas de surpresa, de certa maneira, causando uma enorme busca por galpões de armazenamento e distribuição de produtos próximos às grandes cidades do Brasil, a fim de atender a demanda crescente.
Mais ainda, segundo uma mediana de pesquisas e projeções de mercado, o e-commerce brasileiro deve crescer a uma taxa de 20% ao ano até 2024. Algumas consultorias apontam crescimento maior, outras, menor. Diante desse número, o segmento de logística é um dos que mais se preparam para encarar essa expansão.
Trabalhar com galpões logísticos, para as empresas, é vantajoso pois implica em redução de custos, aumento de segurança e melhores condições de trabalho. Para os fundos de investimento, é uma aposta segura, pois com a tendência de expansão, dificilmente haverá vacância em um ativo de qualidade.
O CEO da gestora AZ Quest Panorama, Andre Sawaya, conta que olhar voltado aos galpões logísticos vem ainda antes da pandemia. A gestora há via uma apreciação dos ativos principalmente nos Estados Unidos. Com a pandemia, o segmento, de fato, ganhou força.
Sawaya conta também que uma vantagem dos galpões começa por ser de um ciclo de construção mais curto. Entre aprovar e construir é uma média de um ano e meio, dois anos, tendo menor risco de pegar uma mudança de mercado.
O investimento em uma torre de escritórios, por exemplo, tem um ciclo de quatro a cinco anos, além do fato de que a demanda por galpões na região metropolitana de São Paulo ser mais aquecida do que no restante do país.
A explicação é que São Paulo tem escassez de terrenos disponíveis e de qualidade próximos à capital e suas principais rodovias de acesso.
Já em Recife, Porto Alegre, por exemplo, existe uma boa oferta de terrenos, o que faz com que o dono do galpão tenha ganhos menores, por isso que hoje o entendimento da AZ Quest é que a relação de risco e retorno em São Paulo é melhor do que em outros lugares. A preferência da gestora assim é por investir em galpões logísticos em um raio de 40 quilômetros da cidade de São Paulo.
Qual é a aposta do setor?
A aposta de Sawaya é no crescimento da demanda de galpões logísticos em todo o Brasil nos próximos anos, ainda mais diante do início da queda de juros.
A visão dele é otimista com o mercado imobiliário e de FIIs como um todo. As cotas dos fundos de tijolo já estão reagindo bem, o que abre espaço para entrar dinheiro novo no mercado.
Mês temático do Grupo Suno
O Grupo Suno dedica o mês de julho para comemorar os 30 anos dos FIIs, com patrocínio de patrocinados por Iridium (do IRDM11), Fator, TG Core, REC, Guardian e XP Asset. Por meio de vários canais (redes sociais, notícias, vídeos, lives e conteúdos por e-mail), levamos informações sobre tudo que precisa saber sobre essa classe de investimento.