
Quem deseja investir seu dinheiro em uma aplicação conservadora precisa conhecer o CDB. O Certificado de Depósito Bancário é uma opção da renda fixa. Por isso, é seguro e sofre menos oscilações.
Ao mesmo tempo, o CDB pode apresentar uma boa rentabilidade. Tudo depende das condições da política econômica do Brasil e do título que você vai escolher.
Muito complicado entender o que tudo isso significa? Veja melhor o que é Certificado de Depósito Bancário (CDB), como ele funciona, qual é o rendimento e as vantagens de optar por esse título.
O que é CDB?
O CDB é um investimento integrante da renda fixa. Consiste em títulos emitidos por instituições privadas. O valor captado é destinado para financiar atividades de empréstimos, pagamento de dívidas, projetos e outros.
Para o investidor, é a oportunidade de ver seu dinheiro render com segurança. Isso porque o risco do Certificado de Depósito Bancário é muito baixo.
Além disso, existem outros fatores que aumentam a proteção do capital investido. Uma delas é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A entidade protege até R$ 250 mil por banco por CPF, com o limite máximo de R$ 1 milhão.
É importante destacar que essa aplicação financeira é apenas uma dentre as várias disponíveis na renda fixa. Ainda assim, é uma alternativa interessante devido a suas características.
Quais são as características do CDB?
Os títulos privados do CDB têm detalhes que precisam ser considerados antes de você começar a investir. Veja quais são as principais características.
Capital inicial
O valor inicial para investimento depende da instituição financeira. Geralmente, fica em torno de R$ 1 mil. No entanto, você encontra títulos a partir de R$ 500 e também existem outros que exigem R$ 10 mil ou mais.
Rentabilidade

Existem 3 tipos de CDBs, no que se refere à rentabilidade. Eles podem ser:
- pós-fixados: são os mais comuns. A remuneração depende de um indexador, geralmente, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). É pago um percentual sobre o indicador. Por exemplo, 110% do CDI. O rendimento é variável e você só sabe efetivamente quanto vai ganhar na data de vencimento;
- prefixados: têm uma taxa fixa. Portanto, você sabe quanto vai ganhar no prazo de resgate;
- híbridos: são os menos comuns. Apresentam uma taxa fixa e outra variável, que depende de um indexador. Por exemplo, 2% ao ano + IPCA. Nesse caso, a parte variável depende do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, ou seja, a inflação.
Prazos
Essas aplicações financeiras têm prazos de vencimento predeterminados. Normalmente, ficam entre 30 dias e 5 anos.
Ainda existem os prazos de carência e liquidação. O primeiro é aquele que deve ser cumprido antes de fazer o resgate de qualquer valor. Por exemplo, assim que o dinheiro é investido, só pode ser sacado após 30 dias.
Já o prazo de liquidação é o tempo que leva para o emissor depositar o dinheiro resgatado na sua conta. Isso depende de cada instituição financeira. É o caso do CDB ser D+1. Isso significa que leva 1 dia útil. Se for D+3, são 3 dias úteis.
Liquidez
Os títulos privados podem ter liquidez variada. Quando ela é diária, significa que os valores podem ser resgatados a qualquer momento. Basta esperar o prazo de carência, se existir.
A liquidez também pode ter um período predefinido. Nesse caso, ele deve ser cumprido. Por exemplo, a possibilidade de resgate está disponível a partir de 12 meses do dinheiro investido.
Também pode ser que a liquidez seja apenas no vencimento. Se for essa situação, precisará esperar até o final.
Tributação
Essa aplicação financeira sofre incidência de Imposto de Renda (IOF). O desconto é feito de acordo com a tabela regressiva da Receita Federal. Veja:
- até 180 dias: 22,5%;
- de 181 a 360 dias: 20%;
- de 361 a 720 dias: 17,5%;
- acima de 720 dias: 15%.
Para resgates realizados antes de 30 dias, também há cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A alíquota vai de 96% — resgates com 1 dia de aplicação — a 0%.
Custos
Mais do que a tributação, o CDB pode ter outros custos. Eles variam conforme a instituição financeira. Por isso, é preciso verificar qual é o caso.
De toda forma, existem três principais. A taxa de corretagem incide sobre as operações realizadas. Portanto, é como uma remuneração do banco ou corretora de valores.
Por sua vez, a taxa de custódia é uma cobrança feita para garantir o registro do investimento. Além disso, também serve para remunerar a guarda dos ativos.
Por último, a taxa de administração é o valor cobrado devido à gestão dos títulos. No entanto, geralmente, não há cobranças nessa aplicação financeira.
Riscos
Apesar de ser bastante seguro, ainda há riscos ao investir em CDB. O principal é o de calote da instituição financeira emissora do título.
Esse é o chamado risco de crédito. Ainda assim, há a proteção do FGC. Por isso, o indicado é ter até R$ 250 mil aplicado nessa modalidade por banco.
Ainda é importante considerar o porte da instituição financeira. Quanto maior ela for, mais baixa tende a ser a remuneração. Isso porque existe a relação risco e retorno.
Ou seja, a redução do risco leva à diminuição do rendimento. O inverso também é válido. Isso significa que instituições menores tendem a pagar mais.
Como investir em Certificados de Depósito Bancário?

O primeiro passo para alocar seu dinheiro nessa modalidade é escolher uma instituição financeira. Abra sua conta, inserindo seus dados pessoais e fazendo o teste de suitability.
Em seguida, transfira seu dinheiro para a conta da corretora. Depois, verifique as opções de CDB disponíveis e escolha a mais adequada. Por fim, finalize a operação.
Quais são as vantagens de investir em CDB?
Existem vários benefícios ao optar pelos Certificados de Depósito Bancário. Os principais são:
- segurança;
- estabilidade, com baixa volatilidade;
- facilidade de aplicação financeira;
- possibilidade de liquidez diária;
- proteção do FGC;
- diversificação de investimentos, já que os títulos privados ajudam a compor uma carteira mais segura. Além disso, existem várias opções de prazos, taxas de juros, emissores etc.;
- tendência de oferecer um rendimento acima da poupança.
E quais as desvantagens?
Da mesma forma que outras aplicações financeiras, também há pontos negativos nos CDBs. Confira os principais:
- tributação, já que há incidência de IR;
- capital inicial considerável para investir;
- existência de prazo de carência ou liquidez somente no vencimento, porque essas são as situações mais comuns.
Como escolher o melhor Certificado de Depósito Bancário (CDB)?
A escolha depende das suas condições. Se você tem objetivos de longo prazo, vale a pena optar por alguma aplicação com liquidez somente no vencimento. Elas tendem a apresentar rentabilidades mais altas.
Por outro lado, se o foco é o curto prazo, é melhor investir em um título com liquidez diária. Eles apresentam uma remuneração mais baixa, mas são úteis para a formação de reserva de emergência, por exemplo.

Ainda vale a pena observar o rating do emissor. Essa é a nota de classificação definida internacionalmente por agências especializadas.
A classificação vai de A a D. Nesse cenário, a AAA é a mais alta. Enquanto isso, a D é a mais baixa.
Ao avaliar todos esses quesitos, você tem uma chance maior de escolher o CDB ideal para a sua vida financeira. Além disso, esses fatores ajudam a tomar decisões mais inteligentes. Para isso, pesquise as informações aqui no Funds Explorer e aproveite as oportunidades!