Economia Internacional

Já ouviu falar em investimentos offshore? Saiba como funcionam!

Já ouviu falar em investimentos offshore? Saiba como funcionam!

Existem várias maneiras de diversificar os investimentos. Além de escolher ativos da renda fixa e variável, também é importante pensar em alocar seu dinheiro no exterior. Aqui, surgem as aplicações financeiras offshore.

Basicamente, a ideia é investir parte do seu capital em moedas estrangeiras. Assim, a remuneração é potencializada. Além disso, os investimentos offshore também permitem proteger seu patrimônio.

Como isso acontece? Quais são os benefícios dessa modalidade? Como investir seu dinheiro? Vamos explicar melhor neste post. Veja.

O que são investimentos offshore?

Um investimento offshore prevê a alocação de capital em ativos de empresas de outros países. Por isso, as aplicações financeiras estão sujeitas à legislação do país de origem.

Vários ativos estão incluídos nessa modalidade. Entre eles estão:

  • títulos privados;
  • ações;
  • contas bancárias;
  • fundos;
  • variação cambial.

Muitas vezes, os offshores estão relacionados a casos de corrupção. Isso porque são escolhidos países com benefícios tributários. Por exemplo, com menor cobrança de impostos e sistema fiscal simplificado.

Algumas das nações que se enquadram nesses quesitos são Ilhas Cayman, Suíça, Bahamas e Panamá. Porém, esses investimentos são regulamentados. Portanto, são legais.

Quais são as vantagens dessas aplicações financeiras?

O investidor que opta pelo offshore explora mercados mais estáveis e com melhores rendimentos financeiros. Além disso, é comum haver isenção de impostos e sigilo nas transações realizadas.

Nesse sentido, ainda existem outras vantagens. Entre as principais estão:

  • diversificação dos investimentos;
  • liberdade cambial;
  • redução dos impostos;
  • proteção do patrimônio do investidor.

E quais são as desvantagens?

Frequentemente, as aplicações financeiras offshore exigem uma quantia inicial elevada. Por isso, nem sempre são acessíveis.

Outro fator potencialmente negativo é a variação cambial. Como todas as operações precisam ser convertidas para a cotação do dia, pode haver algum prejuízo. Ademais, é preciso considerar:

  • cobrança de taxas para as transferências internacionais;
  • ausência de cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC);
  • necessidade de contratar uma instituição financeira confiável para evitar problemas.

globo terrestre para sinalizar os investimentos offshore

Como investir em offshore?

Em primeiro lugar, existem diferentes maneiras de aplicar seu dinheiro. Para grandes investidores, como o qualificado, é válido considerar abrir uma conta em uma corretora de valores internacional.

Essa é uma forma de reduzir o risco cambial. Por outro lado, o aporte mínimo é mais alto. Chega a aproximadamente 100 mil dólares.

Para investidores com menos capital, é possível optar por outras alternativas. Nesse caso, é preciso ter acesso a um home broker completo. A partir disso, você pode escolher entre:

ETF

Primeiramente, são chamados de Exchange Traded Funds, ou fundos de índice. São compostos por ativos atrelados a um indicador de referência, como o S&P 500. Por isso, são bastante diversificados.

As cotas de ETFs são negociadas na bolsa de valores brasileira. Porém, podem conter ativos de qualquer indexador reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ainda mais, os ativos são gerenciados por um gestor especializado. Por isso, é uma opção viável para quem ainda é iniciante, mas quer começar a arriscar.

Fundos de investimento

Podem conter ativos do exterior, desde que isso esteja expresso em seu regulamento. Se for esse o caso, basta adquirir cotas e arcar com os custos especificados. Nesse caso, também há um gestor especializado.

BDR

Consistem nos Brazilian Depositary Receipts. Em outras palavras, certificados de depósito de valores mobiliários estrangeiros. Sua operação ocorre na bolsa de valores. Além disso, a emissão é feita por instituições depositárias do País.

No entanto, o lastro são papéis de empresas estrangeiras. Entre elas estão Amazon, Apple, Facebook e outras.

Essa é a alternativa mais recomendada para quem tem capital baixo. Assim, há chance de investir com custo reduzido. Isso com a manutenção dos mesmos direitos que um investidor americano teria.

Quais são os tipos de fundos offshore?

Ao investir em fundos de investimento offshore, existem três possibilidades. Nesse sentido, eles podem ser de:

  • renda fixa: apresentam baixo risco e rentabilidade;
  • renda variável: é o mais comum, porque permite comprar ações de empresas do exterior;
  • fundo misto: é uma carteira de ativos em que há títulos da renda fixa e da variável.

Para quem o offshore é recomendado?

Essa modalidade é especialmente indicada para investidores com patrimônio acima de 200 mil dólares. Além disso, é uma opção para quem prefere o sigilo.

No entanto, qualquer pessoa pode aplicar seu dinheiro nos offshores. É importante observar que o maior giro da carteira leva a mais vantagens. Dessa forma, os custos são diluídos conforme o tamanho do patrimônio e o prazo.

Como manter a legalidade desse investimento?

Como destacado, o investimento offshore pode estar relacionado a casos de corrupção. No entanto, é uma opção totalmente legal. Basta ser colocada em prática da forma correta.

Nesse caso, é preciso garantir que todas as operações estejam dentro da lei. Em outras palavras, é importante atentar à legislação brasileira. Além disso, é preciso seguir as diretrizes dos seguintes órgãos:

  • Banco Central;
  • Anbima;
  • Receita Federal.

Dessa maneira, é possível aplicar seus recursos no offshore e obter suas vantagens. Tudo dentro do que a legislação determina para evitar problemas.

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    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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