Economia Nacional

O que acontece com os FIIs quando a Selic sobe? Descubra qual é a relação!

O que acontece com os FIIs quando a Selic sobe? Descubra qual é a relação!

O que acontece com os FIIs quando a Selic sobe? Se você costuma acompanhar as notícias do mundo dos investimentos, percebeu a nova alta da taxa em fevereiro de 2022. Mas como ficam os Fundos Imobiliários em meio a tal situação?

Se você se viu perdido em relação a este assunto e não sabe se a alta é algo bom ou ruim para você, não se preocupe: te ajudaremos a entender o que é esta taxa e tudo sobre o que acontece com os FIIs quando a Selic sobe. Vamos lá?

O que é Selic?

O primeiro passo para que você consiga entender e estar seguro sobre o que acontece quando a alta vem é saber exatamente o que é a taxa Selic e qual a sua importância no país.

Esta taxa é importante para qualquer investidor e deve ser acompanhada por todos. Isso porque ela representa, basicamente, os juros básicos da economia brasileira.

Sendo assim, é perceptível que a taxa Selic tem forte influência sobre todos os juros no Brasil: desde a taxa cobrada em um empréstimo bancário até os juros que um investidor recebe ou paga ao investir – e é daí que vem toda a sua importância para quem possui FIIs.

Como a alta da taxa Selic influencia nos Fundos Imobiliários?

Tendo em vista que esta taxa tem influência direta sobre os investimentos no Brasil, isso não teria como ser diferente quando se trata dos Fundos Imobiliários.

Com a alta da Selic, podemos ver também a alta do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), assim como a subida do custo de oportunidade, que conheceremos no próximo tópico.

Nestes momentos, é comum que o ritmo de construção dos imóveis que ainda não foram concluídos diminua: é isso o que acontece com os FIIs quando a Selic sobe.

Além disso, em outros casos, alguns dos imóveis podem ser até mesmo devolvidos, o que faz com que a quantidade de pessoas interessadas nos FIIs, consequentemente, se torne menor.

Sendo assim, podemos perceber que alguns dos tipos de Fundos Imobiliários tendem a cair em momentos nos quais a taxa Selic está elevada.

Entretanto, a diminuição no volume de investidores interessados não é, necessariamente, algo ruim. E, ainda assim, é possível investir nos FIIs em meio a essa situação.

O que é custo de oportunidade?

Custo de oportunidade: uma das principais consequências vindas da alta da taxa Selic. O termo, no mercado financeiro, se refere ao “custo” de descartar um ativo e escolher investir em outro.

É como comprar um produto na primeira loja da rua e, depois, perceber que alguns minutos a mais de caminhada seriam o “preço” a pagar para encontrar o mesmo produto pela metade do preço em outro estabelecimento.

Basicamente, o custo de oportunidade mostra quantos ganhos o investidor teria posteriormente, caso tivesse optado pelos outros ativos na sua lista de possibilidades.

Além disso, este fator também nos serve como um lembrete para sempre estudar muito bem todas as opções disponíveis, assim como o que pode acontecer com elas no futuro.

Sendo assim, isso funciona como uma projeção: no caso dos FIIs, são calculados os possíveis ganhos ou perdas para cada opção com base nas chances de valorização, na possibilidade de gerar mais lucro através da venda e em outras situações que possam vir a acontecer.

A taxa Selic está alta. Como investir em FIIs?

Como comentamos acima, a alta da taxa de juros Selic não significa, em todos os casos, um mau momento para começar a investir em Fundos Imobiliários ou adquirir mais deles.

Inclusive, se você está interessado nos Fundos de Papel (recebíveis imobiliários), este é o momento perfeito: a alta da Selic beneficia, de certa forma, esse tipo de FII, que rende mais com taxas de juros mais altas.

Além disso, essa “resposta” à alta da Selic, nos FIIs de papel, costuma ser bem rápida. Eles podem até mesmo apresentar uma certa valorização no mercado durante estes momentos.

Entretanto, se o seu interesse é nos FIIs de tijolo, que envolvem imóveis físicos, evite investir quando a Selic estiver elevada. Este tipo de Fundo Imobiliário é conhecido por não costumar reagir muito bem à alta da taxa.

Como me manter seguro tendo FIIs durante a alta da Selic?

Se você é um investidor que não gosta de se expor a muitos riscos e prefere ficar na zona de segurança, a alta da taxa Selic pode ser um pesadelo para você.

Por isso, antes de investir em FIIs, busque previsões sobre como estará a taxa de juros no futuro e, se for o caso, priorize os FIIs de papel, que se beneficiam com a alta.

Ainda assim, outra ideia a se considerar nestes casos é apostar na diversificação para proteger sua carteira: investir em diferentes tipos de FIIs – ou nos Fundos híbridos entre Papel e Tijolo – é uma boa ideia.

Além disso, tenha em mente que a alta ou baixa da Selic não vai arruinar o seu investimento por inteiro.

É melhor prevenir do que remediar, mas, não há necessidade de entrar em pânico. Afinal, a não ser que a alta seja drástica, é pouco provável que a situação desencadeie uma necessidade geral de fuga dos Fundos Imobiliários.

Ainda vale a pena investir em FIIs após um aumento na taxa Selic?

Muitos fatores podem preocupar os investidores que ainda não possuem FIIs e podem se sentir ameaçados diante da taxa de juros Selic.

Entretanto, não se sinta pressionado a desistir destes Fundos por conta disso. Para se precaver, basta ter como base um bom estudo sobre suas opções, visão de futuro e, se possível, o acompanhamento e orientação de um profissional da área.

O fato é: o que acontece com os FIIs quando a Selic sobe, na maioria das vezes, não abala o senso geral de que os Fundos Imobiliários são ativos estáveis e que valem a pena. Mesmo que, os mesmos, ofereçam menos liquidez do que as ações.

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    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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