
Os cotistas do IRDM11 e do IRIM11 aprovaram, em AGEs, a fusão entre os dois fundos imobiliários, abrindo caminho para a Iridium conduzir a reorganização societária. A operação prevê emissão de cotas pelo IRIM11, com captação máxima de R$ 3,5 bilhões, tomando como referência o valor patrimonial vigente no anúncio da oferta. A integração deve ser concluída até meados de dezembro de 2024, com a combinação das estruturas e consolidação das carteiras.
No desenho da transação, o IRDM11 integralizará cotas com base no seu valor patrimonial — que somava R$ 2,918 bilhões na última atualização — e a proporção de troca será definida e comunicada pela gestora. Mais de 260 mil cotistas do IRDM11 receberão cotas do IRIM11 e, se houver, valores em caixa. O patrimônio líquido combinado deverá atingir aproximadamente R$ 3,2 bilhões, ampliando escala, liquidez e diversificação.
A Iridium sustenta que a fusão visa “consolidar as carteiras de investimento do IRIM11 e do IRDM11, ampliando a escala, liquidez e diversificação”. Entre os ativos da carteira combinada estarão imóveis, CRIs, cotas de outros FIIs e ações do setor imobiliário, o que tende a reduzir riscos específicos e aumentar o leque de estratégias. Essa consolidação também pode gerar eficiência operacional e sinergias de gestão.
Investidores do IRDM11 devem observar aspectos tributários relevantes. A Receita Federal trata amortização como operação de venda, exigindo a informação do custo médio de aquisição das cotas. Caso o cotista não informe o custo, aplica-se o menor preço histórico, o que pode elevar a base de cálculo de imposto e reduzir o valor líquido a receber. É recomendável revisar controles de custos e eventuais eventos de amortização anteriores.
O IRIM11 se torna o veículo consolidado por ter regulamento mais moderno e estrutura de FII multiestratégia, com liberdade para alocar em qualquer classe de ativo imobiliário. Já o IRDM11 opera como fundo de papel, com foco em crédito, especialmente CRIs e LCIs, além de limites para cotas de FIIs. Essa diferença regulatória favorece maior flexibilidade de alocação no veículo resultante.
Na última fotografia patrimonial, o IRDM11 mantinha 79% em CRIs e 18% em cotas de FIIs, perfil mais concentrado em crédito. A migração para o IRIM11 deve ampliar o escopo de investimentos, fortalecer a liquidez das cotas e permitir ajustes táticos conforme o ciclo imobiliário, preservando a disciplina de risco e o objetivo de geração de renda para os cotistas do IRDM11.
