
O fundo imobiliário VRTA11 apresentou um resultado operacional de R$ 11,8 milhões durante o mês de agosto, viabilizando o pagamento de R$ 0,85 por cota aos investidores sob a forma de dividendos. Paralelamente, o fundo preserva uma reserva adicional de R$ 0,72 por cota, com o objetivo de assegurar pagamentos complementares em períodos futuros e fortalecer a consistência das distribuições.
No mercado secundário, a cotação finalizou agosto em R$ 75,87, gerando um dividend yield mensal de 1,12% com base na distribuição dos dividendos do VRTA11, de R$ 0,85 por cota. Esse rendimento equivale a aproximadamente 113% do CDI quando considerado o “gross up” de 15%. O fundo opera com desconto em relação ao valor patrimonial, negociado a um P/VP de 0,91x.
O caixa do fundo totalizou R$ 28 milhões ao final do período analisado, representando 2,1% do patrimônio líquido total. Esses recursos estão direcionados tanto para o cumprimento das obrigações de distribuição quanto para futuras oportunidades de investimento. A gestão informou que existem ativos em análise avançada que somam valores superiores a R$ 50 milhões.
Movimentações na carteira do VRTA11 em agosto
A composição da carteira sofreu alterações significativas durante agosto. O fundo realizou a aquisição de R$ 9,2 milhões em CRI Epitácio, com rentabilidade estabelecida em CDI + 4,0% ao ano. Simultaneamente, foram executadas vendas de CRIs da Gafisa II (R$ 8,7 milhões), Patrimônio (R$ 1,7 milhão) e Residence Entreserras (R$ 5,8 milhões).
Adicionalmente, o fundo promoveu a quitação antecipada de uma operação compromissada reversa no valor de R$ 100,7 milhões, resultando na diminuição do grau de alavancagem. Ao término de agosto, o saldo remanescente dessas operações atingiu R$ 67,4 milhões, com prazo de vencimento estabelecido para dezembro de 2025 e custo de CDI + 0,74% ao ano.
Situação da carteira permanece estável
Mesmo diante da volatilidade recente no valor das cotas, a Fator, responsável pela gestão do VRTA11, enfatizou que a maior parcela dos CRIs mantém regularidade nos pagamentos e permanece adimplente.
A redução observada na cotação está relacionada ao movimento de elevação da taxa Selic, fenômeno que impactou o mercado de fundos imobiliários de forma generalizada. O ambiente macroeconômico também exerceu influência sobre o setor. O IPCA de julho registrou 0,26%, demonstrando aceleração comparativamente ao mês precedente.
Considerando que grande parte dos CRIs indexados à inflação possui defasagem de dois a três meses, esse resultado deverá impactar positivamente as próximas distribuições do VRTA11.
