O fundo imobiliário HGLG11 anunciou a abertura de sua 10ª emissão de cotas, que tem a intenção de captar até R$ 2 bilhões, com possibilidade de chegar a R$ 2,5 bilhões, no caso de interesse em montante adicional.
O preço unitário da oferta será o mesmo do atual valor patrimonial por cota (VPC) do HGLG11, de R$ 162,22, sem custos de distribuição. O valor captado será utilizado para aquisições de ativos “que obedeçam a política de investimentos e que estejam alinhadas com as estratégias definidas como mais vantajosas, na medida em que o gestor identifique e negocie ativos para integrar o patrimônio do fundo”.
Após a série de aquisições realizadas desde o ano passado, o Patria Real Estate, gestor do HGLG11, tem mais dois FIIs de imóveis logísticos em seu portfólio, o PATL11 e o LVBI11. Quando foi convocada a assembleia geral extraordinária (AGE) para obter autorização os cotistas do HGLG11 para a oferta, os dois fundos tiveram forte alta, com a percepção do mercado de que a empresa poderia iniciar um processo de consolidação entre os três FIIs.
Outros processos similares já foram realizados pelo grupo: o RVBI11 incorporando o HGFF11 e o BPFF11, enquanto o CVBI11 ficando com os ativos do BARI11 e do PLCR11. O Patria já disse que essa consolidação vai acontecer “em algum momento”, mas não se pronunciou sobre a possibilidade de que o processo vá começar agora. PATL11 e LVBI11 também não fizeram nenhum tipo de comunicado.
O HGLG11 já é um dos maiores FIIs do mercado brasileiro, com patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões. Ao todo, são 28 imóveis na carteira , com 148 locatários e área bruta locável (ABL) total próxima de 1,6 milhão de metros quadrados.
HGLG11 começa a receber por imóvel
A gestão do HGLG11 também informou ter recebido na segunda-feira (22) a primeira parcela pela negociação, no valor de R$ 50 mil, de um terreno que fazia parte do imóvel HGLG SJC, em São José dos Campos. A negociação está em andamento desde fevereiro do ano passado, quando se iniciou o desmembramento.
O FII realizou um aditivo ao contrato de compra e venda, no qual as principais mudanças foram no tamanho do imóvel e no preço da transação. A projeção inicial era de que o terreno desmembrado teria cerca de 169 mil metros quadrados, mas a área após a conclusão foi de 146.945 metros quadrados.
Com isso, o valor final da negociação caiu de R$ 12,5 milhões para R$ 10.854.827,89. O ajuste considerou o mesmo valor por metro quadrado utilizado inicialmente, de R$ 73,87. Já a forma de pagamento foi ajustada pelas datas: as parcelas mensais de R$ 50 mil passam a vencer todo dia 22, com valor fixo, e o comprador seguirá esse fluxo de pagamento até 16 de novembro de 2028, ou quando houver a data de publicação do decreto de aprovação do seu loteamento.
Quando isso acontecer, o comprador terá 60 dias para quitar o saldo remanescente, que será atualizado pelo IPCA desde 17/05/2024 até a data final. O valor recebido mensalmente será incluído nos cálculos dos dividendos do HGLG11, sem previsão de impacto na distribuição em curto prazo.
