O Fiagro RURA11 reportou resultado contábil de R$ 21,7 milhões em outubro, superando os R$ 20,8 milhões de setembro e marcando o melhor desempenho em dez meses. O avanço foi sustentado por receitas de R$ 23,8 milhões no período, evidenciando a resiliência da carteira em meio ao ambiente mais restritivo de crédito no agronegócio. A estratégia do fundo segue centrada em operações de crédito rural, com foco na diversificação e mitigação de riscos.
A distribuição de dividendos manteve-se em R$ 0,11 por cota, repetindo o valor do mês anterior. O montante corresponde a um dividend yield anualizado de 13,6% sobre a cota patrimonial e 17,2% considerando a cotação de mercado de outubro, com isenção de IR para pessoa física. Essa estabilidade reforça a consistência operacional do veículo, mesmo com a redução de liquidez no setor.
Em linha com sua política de alocação, o RURA11 realizou nova aplicação no Fiagro Ubyfol, lastreado em recebíveis de base diversificada de clientes da companhia de fertilizantes especiais. A movimentação ocorre em um cenário desafiador: dados do Banco Central indicam que o crédito rural liberado entre julho e outubro da safra 2025/26 ficou R$ 36,4 bilhões abaixo do mesmo período da safra anterior, uma retração de 22%.
A menor oferta de crédito tem pressionado a cadeia produtiva, levando produtores a ajustar pacotes tecnológicos e a buscar financiamentos internos com distribuidores e fornecedores. Ainda assim, a Itaú Asset, gestora do fundo, ressalta a solidez da carteira e o bom nível de adimplência dos devedores, refletindo a qualidade dos critérios de seleção e acompanhamento.
Principais destaques do período incluem: resultado contábil de R$ 21,7 milhões, receitas de R$ 23,8 milhões, dividend yield anualizado de 17,2% sobre a cotação de mercado, 92% do portfólio em operações de crédito agro e 64 devedores com distribuição geográfica ampla. Esses elementos sustentam a proposta de valor do fundo no financiamento ao agronegócio.
Ao final, o RURA11 reforça sua tese de investir em crédito rural, com diversificação por culturas e regiões e gestão ativa de riscos. A manutenção dos dividendos e o desempenho recente indicam consistência na geração de caixa, enquanto a pulverização da carteira contribui para a proteção diante da volatilidade setorial.