O fundo imobiliário VRTA11, focado em recebíveis, manteve a distribuição de R$ 0,85 por cota, pelo 11º mês consecutivo. O pagamento ocorrerá em 14 de novembro, com base na posição dos investidores ao fim do pregão de 31 de outubro. A cota negociava a R$ 77,99, o que implica dividend yield mensal de 1,09% para esta rodada.
Quem adquiriu cotas após 31 de outubro terá direito aos proventos apenas na próxima distribuição, desde que mantenha a posse até o último dia útil de novembro. Em setembro, a distribuição de R$ 0,85 por cota correspondeu ao equivalente a 103% do CDI.
- Valor distribuído: R$ 0,85 por cota (11º mês seguido)
- Data de pagamento: 14 de novembro; base: 31 de outubro (pregão)
- Dividend yield mensal: 1,09% (preço de R$ 77,99)
- Equivalência de setembro: 103% do CDI
- Patrimônio líquido: R$ 1,3 bilhão; valor patrimonial: R$ 83,96 por cota
- Alocação: 86,4% em CRIs; 94,2% atrelados ao IPCA; spread médio de 10,29% a.a.
- Exposição a FIIs: ~10% do PL; DY médio anualizado de 14,22%
- Movimentação em setembro: compras de R$ 9,1 milhões; vendas de R$ 18,7 milhões
- Alavancagem: operações compromissadas de R$ 55,3 milhões; vencimento em dez/2025; custo CDI + 0,74% a.a.
- Caixa: R$ 46 milhões; pipeline de CRIs > R$ 50 milhões
A gestão informou a manutenção de R$ 0,85 por cota para a competência, marcando a 11ª sequência mensal nesse patamar. Com a cota a R$ 77,99 no mercado secundário, o rendimento mensal da distribuição atinge 1,09% para esta referência de preço.
O pagamento está agendado para 14 de novembro. Terão direito os cotistas posicionados até o fim do pregão de 31 de outubro. Compras efetuadas a partir de 1º de novembro conferem direito somente à próxima distribuição, se mantida a posição até o fechamento do mês.
No mês anterior, a distribuição de R$ 0,85 representou 103% do CDI, parâmetro de referência para renda fixa no Brasil. A indicação reforça o desempenho da carteira de crédito do fundo no período.
Carteira e alavancagem do VRTA11: CRIs e caixa
Ao fim de setembro, o VRTA11 registrou patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão, equivalente a R$ 83,96 por cota. A alocação em CRIs somava 86,4% do portfólio. CRI é o Certificado de Recebíveis Imobiliários, título de renda fixa lastreado em créditos imobiliários.
O principal indexador de remuneração da carteira é o IPCA, que cobre 94,2% dos ativos, com spread médio de 10,29% ao ano. O spread representa a taxa acima do indexador. A parcela restante inclui exposições a outros fundos imobiliários, com aproximadamente 10% do patrimônio em cotas de FIIs. Essa carteira de FIIs apresentava dividend yield médio anualizado de 14,22% no período.
Em setembro, a gestora Fator executou a estratégia de rotação e ajuste de risco-retorno. O fundo adquiriu novos CRIs que somaram R$ 9,1 milhões e, em paralelo, realizou vendas totalizando R$ 18,7 milhões. O saldo líquido contribuiu para reduzir a alavancagem.
A dívida via operações compromissadas encerrou setembro em R$ 55,3 milhões, com vencimento em dezembro de 2025 e custo de CDI + 0,74% ao ano. Operações compromissadas são estruturas de curto prazo com lastro em títulos, utilizadas para gestão de caixa e alavancagem tática.
Com esses movimentos, o VRTA11 terminou o mês com R$ 46 milhões em caixa. Segundo a gestão, os recursos estão direcionados para novas alocações em CRIs em fase final de análise, com pipeline superior a R$ 50 milhões. A manutenção de liquidez se alinha ao cronograma de originação de crédito e às condições de mercado.
O valor patrimonial por cota de R$ 83,96, frente ao preço de R$ 77,99 na data de referência do yield, indica desconto no mercado secundário em relação ao patrimônio, sem implicar recomendação. A relação entre resultado de carteira, custo de alavancagem e nível de caixa tende a influenciar a capacidade de manutenção das próximas distribuições.
Em síntese, o cronograma de pagamento de novembro, o histórico recente de R$ 0,85 por cota e a composição de carteira atrelada ao IPCA delineiam o perfil atual de geração de resultado do fundo. A estratégia de rotação em crédito e o pipeline de originação apontam continuidade do foco em recebíveis imobiliários.