O SNAG11, fundo imobiliário agrícola da Suno Asset, anunciou o maior patamar de dividendos desde sua criação, com distribuição de R$ 0,13 por cota referente a outubro. O pagamento será realizado em 25 de novembro aos investidores posicionados até o fechamento de 14 de novembro, consolidando um avanço relevante na política de rendimentos do Fiagro.
O yield mensal ficou em 1,35%, calculado sobre o preço de setembro (R$ 9,62). Em base anualizada, o retorno estimado é de aproximadamente 16%, sinalizando atratividade no cenário atual. O valor representa alta de 30% sobre novembro de 2023, quando o fundo pagou R$ 0,10 por cota, reforçando o momento positivo do veículo.
A estratégia do fundo se apoia em carteira 100% adimplente e perfil high grade, construída com ampla diversificação setorial e geográfica. O monitoramento de crédito utiliza o Agro Score, da Serasa Experian, ferramenta que acompanha risco e status dos devedores, contribuindo para a resiliência operacional e a previsibilidade de fluxos.
Detalhes da distribuição: data de pagamento em 25 de novembro; data com até 14 de novembro; valor por cota de R$ 0,13; dividend yield mensal de 1,35%; rendimento anualizado próximo de 16%. Esses números ajudam a explicar a força recente da cotação, ajustada por proventos, nos últimos pregões do mercado.
Perspectivas e estratégia do SNAG11 no agronegócio
A elevação dos dividendos do SNAG11 é amparada por juros elevados, que aumentam o retorno das operações de crédito, e por um pipeline robusto no agronegócio. A projeção de colheita recorde para a safra 2025/26 amplia a demanda por financiamento, cenário no qual o fundo se posiciona como parceiro de longo prazo para produtores.
Para o analista João Vitor Franzin, da Suno Asset, o agronegócio vive fase favorável com demanda global por alimentos em alta. À medida que a renda per capita cresce, aumenta o consumo de proteína e, por consequência, a necessidade de insumos como soja e milho. Esse pano de fundo sustenta a tese do fundo.
Listada na B3, a estrutura do SNAG11 viabiliza crédito de longo prazo para aquisição de equipamentos e obras de infraestrutura, indo além do custeio. Em um ambiente de recursos do Plano Safra aquém da demanda, o fundo mantém liquidez expressiva — a média diária chegou a R$ 1,615 milhão em outubro — e projeta continuidade dos rendimentos para horizontes mais extensos.