O fundo imobiliário RBRR11, da RBR Asset, reportou lucro de R$ 13,4 milhões em setembro e distribuiu R$ 0,80 por cota, equivalente a dividend yield anualizado de 11,54% sobre o valor de mercado. A performance reflete a estratégia do veículo, baseada em CRIs de risco high grade e forte indexação ao IPCA+, buscando previsibilidade e preservação de capital.
Em setembro, o fundo realizou aporte de R$ 900 mil no CRI Carteira MRV IV (Série III), remunerado a IPCA + 12,40% ao ano, lastreado em recebíveis originados pela própria MRV.
O investimento reforça a diversificação e a qualidade das garantias. Entre os indicadores, destacam-se patrimônio líquido de R$ 1,39 bilhão, 51 ativos na carteira, cotas a R$ 84,57 no fim de outubro, desconto de 8,73% sobre o valor patrimonial, duration média de 4,1 anos e spreads médios de CDI +2,05% e IPCA +9,42% ao ano.
A concentração geográfica segue em São Paulo, com 71% das garantias e 36% em regiões prime como Faria Lima, Jardins e Pinheiros. O LTV médio de 49% indica postura conservadora: para cada R$ 1 de crédito, há cerca de R$ 2 em garantias. Essa estrutura reduz risco de crédito e protege o patrimônio dos cotistas, alinhada ao mandato do RBRR11.
Setorialmente, a carteira se distribui entre CRIs residenciais (46%), galpões logísticos (35%) e lajes corporativas (18%). A qualidade creditícia permanece elevada, com 93% das operações classificadas em rating “A” ou superior, conforme metodologia interna da gestora. Essa composição sustenta a resiliência dos fluxos e a manutenção de políticas prudenciais.
A RBR Asset conduz a consolidação entre RBRR11 e PULV11, visando eficiência operacional e aumento de liquidez. Os cotistas do PULV11 receberão cotas do RBRR11 na mesma proporção de participação, em cronograma que prevê o fim das negociações do PULV11 em 15 de outubro, janela de manifestação de custo médio entre 20/10 e 14/11, entrega das novas cotas em 25/11 e liquidação final em dinheiro dois dias depois.
Após a fusão, o patrimônio consolidado deve se aproximar de R$ 1,5 bilhão, com maior volume de negociações e menor spread entre compra e venda. A expectativa é de elevação da taxa média da carteira e maior potencial de geração de dividendos, mantendo o nível de risco do RBRR11 inalterado. As garantias robustas sustentam o perfil conservador e a previsibilidade de resultados.