O fundo imobiliário BTLG11 apurou lucro líquido de R$ 34,186 milhões em outubro de 2025, alta de 70,74% frente a setembro. O desempenho foi impulsionado pelo recebimento de parcelas de vendas de ativos, que somaram R$ 10,8 milhões no mês. A gestão destacou a quitação final de BTLG Feira de Santana e BTLG Guarulhos, além do repasse referente ao ativo Barueri.
No período, o NOI atingiu R$ 30,171 milhões e o resultado imobiliário totalizou R$ 38,284 milhões. Parte relevante do lucro com alienações veio do recebimento final dos ativos de Feira de Santana e Guarulhos (R$ 8,8 milhões), comunicado anteriormente em fato relevante. Os R$ 2 milhões restantes referem-se à nona parcela do ativo Barueri, alinhada ao cronograma previsto.
A parcela de Barueri foi herdada pelo FII BTLG11 após a incorporação do FII SARE11, e seguirá sendo recebida mensalmente pelos próximos cinco meses. Em novembro de 2025, a distribuição foi de R$ 0,79 por cota, valor consistente com a estratégia de geração e preservação de caixa adotada recentemente.
Considerando o preço de fechamento de outubro, a distribuição equivale a um dividend yield anualizado de 9,2%. As receitas de locação registraram variação negativa, influenciadas por períodos de carência concedidos em contratos recém-firmados, uma medida tática para acelerar a ocupação e capturar valor no médio prazo.
As despesas com comissões ficaram acima da média histórica devido ao volume de novas locações e revisionais relevantes que passaram a ser faturadas. A gestão do fundo BTLG11 reforçou que a linha de ajustes caixa/competência tende a maior volatilidade, dada a existência de contratos com pagamentos trimestrais ou quadrimestrais e vencimentos pós-fechamento do relatório.
Carteira e ocupação seguem robustas: o fundo imobiliário BTLG11 possui 33 imóveis, um em venda, totalizando cerca de 1,3 milhão de m² de ABL, com aproximadamente 90% em São Paulo. A vacância financeira está em 2,4% e a consolidada em 2,3%, níveis conservadores para o segmento logístico.
Entre as movimentações, houve locação de 1,5 mil m² no BTLG Ribeirão Preto para empresa de logística, em condições de mercado e contrato de cinco anos. No BTLG Mauá, uma revisional com locatária de 12% da área resultou em aumento real de 14% no aluguel; com isso, 26% do imóvel já foi revisado e novas tratativas seguem em andamento pela gestora do BTLG11.