O fundo imobiliário Votorantim Logística (VTLT11) definiu os procedimentos finais para sua liquidação, prevista para ser concluída até 29 de dezembro de 2025. Os cotistas receberão R$ 90,07 por cota, em uma combinação de cotas do GGRC11 e parcela em dinheiro. A medida ocorre após a alienação do único ativo do portfólio do VTLT11, um galpão logístico em Quatro Barras (PR), cuja venda foi aprovada em assembleia.
A liquidação prevê o pagamento de R$ 86,26 por cota em ativos do GGRC11, equivalentes a 8,8382 cotas, com base no preço de fechamento de 17 de dezembro. O complemento, de R$ 3,81 por cota, será feito em espécie, dividido entre rendimentos (R$ 1,27) e amortização (R$ 2,54), observando a tributação aplicável. Essa estrutura busca preservar valor e acelerar o retorno aos investidores.
O imóvel do VTLT11 foi vendido por aproximadamente R$ 217 milhões, com pagamento em 19,7 milhões de cotas da 10ª emissão do GGRC11. Essa emissão somou R$ 693,3 milhões e foi direcionada a aquisições estratégicas no segmento logístico. A operação reforça o movimento de consolidação do setor e o uso de trocas de ativos como alternativa de liquidez.
A gestão informou que, para fins fiscais, o valor total de liquidação será comparado ao custo médio de aquisição das cotas do VTLT11. Investidores que não comunicaram esse custo até 10 de dezembro terão como referência o menor preço histórico de negociação do fundo imobiliário na B3. Essa diretriz orienta a apuração de eventual ganho de capital.
A proposta do GGRC11 prevaleceu sobre uma alternativa de pagamento 100% em dinheiro, porém com valor inferior e prazo de 12 meses para conclusão. A decisão dos cotistas levou em conta o montante a receber, o prazo de liquidação e o perfil de risco, além da qualidade do portfólio do GGR Covepi (GGRC11).
Com a liquidação definida e a data-limite em 29 de dezembro, o VTLT11 encerra suas operações de forma ordenada, oferecendo visibilidade de fluxos e critérios tributários aos investidores. Para o segmento, a transação sinaliza o apelo de estruturas híbridas de pagamento em cotas e caixa, especialmente em ciclos de realocação de capital em fundo imobiliário.
Além do pagamento principal, a composição entre cotas do GGRC11 e dinheiro facilita a continuidade de exposição ao setor logístico. A parcela de amortização está sujeita à incidência tributária conforme a legislação vigente, enquanto os rendimentos seguem o regime próprio de FIIs. A conversão de 8,8382 cotas do GGRC11 por cota do VTLT11 foi calculada para refletir o preço de mercado na data-base, garantindo transparência.
