O BTCI11 reportou lucro de R$ 8,401 milhões em outubro, abaixo dos R$ 9,165 milhões do mês anterior, refletindo menor resultado operacional no período. As receitas somaram R$ 9,238 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 837 mil, preservando margem confortável para distribuição. A gestão reforçou o compromisso de manter eficiência e liquidez, em linha com o cenário macroeconômico e as oportunidades do mercado de crédito imobiliário.
A distribuição de proventos atingiu R$ 9,455 milhões, equivalente a R$ 0,095 por cota, o que representa rentabilidade mensal de 1,01%. Em termos de precificação, a cota patrimonial encerrou o mês em R$ 10,02, acima da cotação de mercado de R$ 9,38, sugerindo potencial de convergência caso os fundamentos se mantenham. A diferença entre valor patrimonial e mercado segue monitorada pela gestão.
O patrimônio líquido do fundo ficou em R$ 997,2 milhões, com valor de mercado de R$ 933,5 milhões, reforçando a escala do veículo. A robustez patrimonial sustenta a execução das estratégias de alocação e o pipeline de operações estruturadas, preservando a capacidade de originar e rotacionar ativos conforme as condições de risco e retorno.
Principais movimentações: a carteira passou por ajustes táticos com a aquisição do CRI MRV Flex no mercado secundário. O papel, emitido em 2025, mantém características semelhantes a outras operações da MRV, lastreado por recebíveis pulverizados e com coobrigação durante as obras. Após a entrega das chaves, a garantia imobiliária apresenta LTV estimado em cerca de 55%, reforçando a qualidade da proteção.
O mecanismo de proteção conta com subordinação e fundo de reserva, permitindo suportar inadimplência de até 19% ao término da coobrigação — um desenho que fortalece a resiliência do fluxo de caixa. Entre as alienações, o fundo vendeu CRI Melo Alves e Turiassu (sênior e mezanino), além de CRI Shoppings e CRI RNI, em linha com a estratégia de priorizar ativos indexados à inflação.
Para otimizar o caixa, o BTCI11 realizou alocações táticas de curto prazo em ativos de carrego, buscando elevar a rentabilidade enquanto avalia novas oportunidades estruturais. Ao fim de outubro, 83,7% do patrimônio estava distribuído em 43 operações, todas adimplentes, reforçando a disciplina de risco e a diversificação como pilares da gestão do BTCI11.