XPML11 fechou acordo para comprar participações em cinco shoppings do grupo Iguatemi por R$ 608,67 milhões, em operação paga em até 24 meses, combinando dinheiro e cotas de nova emissão. O movimento reforça a estratégia do fundo de reciclagem de portfólio e otimização de capital, mantendo exposição a ativos de alto padrão sob gestão da Iguatemi.
No pacote, o fundo amplia posições em dois empreendimentos já detidos e ingressa em três novos. Em São Paulo, adquire 9% do Shopping Pátio Higienópolis, onde já possui 10,04%, elevando a presença em um dos ativos mais consolidados do país. A fatia será comprada do BBIG11, gerido pela BB Asset com consultoria da Iguatemi, fortalecendo a parceria entre as casas.
Em Porto Alegre, o XPML11 comprará 7% do Shopping Praia de Belas, aumentando sua participação de 23% para 30%, movimento que melhora a relevância do fundo no ativo e potencializa governança e resultado operacional. Entre os novos ingressos, entram 9% do Iguatemi Alphaville (Barueri-SP), 23,96% do Iguatemi Ribeirão Preto (SP) e 18% do Iguatemi São José do Rio Preto (SP), todos reconhecidos pelo mix qualificado de varejo.
A estrutura de pagamento foi detalhada em fato relevante: R$ 78,62 milhões à vista na conclusão; R$ 359,28 milhões via compensação de créditos com subscrição de cotas na próxima oferta do fundo; R$ 60,87 milhões em 12 meses e R$ 109,90 milhões em 24 meses, ambas corrigidas pelo CDI. Essa modelagem preserva liquidez e dilui desembolsos, alinhando o cronograma ao ciclo de resultados dos ativos.
A Iguatemi seguirá na administração e controle dos shoppings, enquanto a transação é apresentada como “alocação de capital eficiente”, permitindo monetização parcial dos ativos sem abrir mão da gestão operacional. Entre as informações não divulgadas, permanecem o cap rate da compra e os impactos esperados em receita e distribuição de dividendos.
Expansão após desinvestimentos e efeitos na distribuição do fundo
Na semana anterior, o XPML11 concluiu a venda de participações em nove shoppings por mais de R$ 1,6 bilhão, com cerca de R$ 1 bilhão à vista. Os recursos contribuem para reduzir a alavancagem e sustentar o atual patamar de dividendos, hoje estável em R$ 0,92 por cota há mais de um ano, segundo a gestão.
A combinação de venda e compra sugere realocação para ativos com perfil defensivo, eficiência operacional e potencial de valorização, reforçando a presença do fundo em praças premium e consolidando a parceria com a Iguatemi.