O fundo de investimento imobiliário GGRC11 anunciou a venda de um complexo industrial em Santa Bárbara d’Oeste (SP) por R$ 94.981.950,00, em linha com sua estratégia de desinvestimento e reciclagem de portfólio. O ativo possui 38.132 m² de área bruta locável e segue ocupado pela Covolan, do setor têxtil, sob contrato vigente até 2034. Enquanto a operação não é concluída, o fundo continuará recebendo os aluguéis do imóvel, que hoje representam 5,86% de suas receitas.
A estrutura de pagamento prevê sinal de 3% (cerca de R$ 2,85 milhões) em três parcelas com vencimento entre janeiro e março de 2026; 58 parcelas mensais de R$ 730 mil, de abril de 2026 a janeiro de 2031 (44% do preço); e 11 parcelas semestrais de R$ 4,57 milhões, entre junho de 2026 e junho de 2031 (53% do total). Todas as parcelas serão corrigidas pela variação positiva do IPCA a partir da assinatura do contrato, sujeitas ao cumprimento de condições suspensivas e precedentes.
Com base no valor contábil, a transação deve gerar lucro estimado de R$ 21 milhões, equivalente a R$ 0,098 por cota, a ser apropriado mensalmente no cálculo dos dividendos do GGRC11. A gestora, Zagros Capital, indica que os proventos permanecem em R$ 0,10 por cota mensais, reforçando a previsibilidade da distribuição ao cotista.
A Covolan segue responsável por todos os valores previstos no plano de recuperação judicial aprovado. Segundo a administradora, os pagamentos devidos permanecem íntegros e deverão ser liquidados nos prazos pactuados, sem impacto nas obrigações locatícias até a conclusão da venda.
No campo judicial, houve avanço com a redução da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) de R$ 4,22 milhões para R$ 2,49 milhões, após análise de depósitos judiciais já efetuados. Essa diminuição melhora a qualidade de resultados e reduz riscos de crédito associados ao locatário.
Enquanto a alienação não se consuma, o imóvel segue entre os 37 ativos do GGRC11, que detém patrimônio líquido de R$ 2,407 bilhões. O portfólio soma aproximadamente 740 mil m² de ABL e registra vacância de 4,08%, indicadores que sustentam a resiliência operacional do fundo.
Perspectivamente, a alienação contribui para realocação de capital e potencial melhora no perfil de receitas, mantendo disciplina financeira e comunicação transparente com o mercado.