O fundo imobiliário HGBS11 encerrou o terceiro trimestre de 2025 com resultado operacional de R$ 18,26 milhões, apoiado por receita imobiliária de R$ 21,43 milhões e outras receitas de R$ 1,448 milhão. Após despesas de R$ 4,62 milhões, o fundo distribuiu R$ 19,37 milhões aos cotistas, equivalente a R$ 0,15 por cota. O desempenho reforça a resiliência do portfólio de shoppings em um cenário seletivo de consumo.
No comparativo anual, as vendas em mesmas lojas (SSS) cresceram 2,4% frente ao 3T24. Segmentos específicos puxaram o movimento, com destaque para Academias, que avançaram 15,1%, e Farmácias, com alta de 7,2% dentro de Conveniências e Serviços. Na alimentação, Fast Food subiu 6,7%, enquanto Café & Lanches aumentou 6,1%.
Entre os vetores negativos, o Cinema foi o principal detrator, com SSS de -18%, impactado por uma base mais forte em 2024. Já Roupas e Calçados, segmento mais representativo do portfólio, registrou crescimento moderado de 1,5%, sinalizando ritmo ainda cauteloso do consumo em categorias discricionárias.
O trimestre também trouxe movimentos relevantes de alocação. Em novembro de 2025, o HGBS11 firmou Memorando de Entendimentos para adquirir 20% do ParkShopping São Caetano por R$ 237 milhões, com pagamento em três etapas (50% após condições precedentes, 25% em até 12 meses e 25% em 18 meses). A venda de 10% no Shopping Jardim Sul passará a impactar os indicadores operacionais a partir de outubro.
Entre os ativos individuais, destacaram-se as praças com maior tração nas vendas: Franca liderou com SSS de 6,8%, seguida por Bauru (5,8%), Mooca (5,7%) e West Plaza (5,3%). Esses resultados refletem a execução local e a curadoria do mix de lojas.
Em indicadores operacionais, o fundo reportou vendas de R$ 3.698 por metro quadrado no 3T25, alta de 4,7% na comparação anual. O NOI por metro quadrado atingiu R$ 253,40, crescimento de 9,0% na mesma base, evidenciando ganho de eficiência após despesas operacionais diretas.
Por fim, a vacância permaneceu próxima de 5,0% da ABL ao longo de 2025, em linha com o nível considerado saudável para shoppings. A gestão classifica parte como vacância estratégica, preservando flexibilidade para inserir novos lojistas e aprimorar o mix sem comprometer de forma relevante a receita recorrente do fundo HGBS11.