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TRBL11 registra prejuízo em outubro e gestão revela motivos

TRBL11 registra prejuízo em outubro e gestão revela motivos
TRBL11 anuncia resultado negativo em outubro. Foto: iStock

O fundo imobiliário TRBL11 reportou prejuízo de R$ 324,26 mil em outubro, revertendo o lucro de R$ 2,024 milhões de setembro. A virada decorre de despesas extraordinárias ligadas à conclusão da compra do ativo GRU LOG, que somaram cerca de R$ 2,1 milhões e já estavam previstas no guidance do segundo semestre. A correção da última parcela da aquisição representou R$ 0,28 por cota e não altera as projeções operacionais e de distribuição.

No mês, o resultado imobiliário somou R$ 3,212 milhões e o financeiro, R$ 197,59 mil, enquanto as despesas alcançaram R$ 3,734 milhões, mais que o dobro do registrado em setembro. A gestão enfatiza que o impacto é pontual e que, com a emissão da escritura definitiva, o processo de aquisição do GRU LOG foi concluído.

Entre os fatores-chave, destacam-se: quitação integral do GRU LOG, galpão logístico em Guarulhos (SP); parcela final de R$ 21,9 milhões atualizada por IPCA + 2,00%; desembolso total de R$ 23,7 milhões com ITBI e custos cartorários; e pagamento com recursos próprios. Esses eventos explicam o efeito contábil de curto prazo sobre o resultado do mês.

Mesmo com o impacto, os dividendos do TRBL11 foram mantidos conforme o plano de linearização do semestre. O FII TRBL11 confirmou R$ 0,60 por cota, sustentado por ganhos extraordinários com a venda de ativos no Rio de Janeiro. Considerando a cotação de R$ 62,90 no fim de outubro, o dividend yield anualizado ficou em 11,4%.

Os contratos de locação tiveram reajuste pela inflação no período, com Futura Tintas (Galpão Guarulhos) e Platinum (GRU LOG), seguindo o calendário contratual. A gestão avalia que a receita recorrente segue resiliente, apoiando a manutenção da distribuição caso o ambiente operacional permaneça estável.

Para as áreas vagas, a estratégia prioriza empresas com dupla ocupação e contratos a vencer, aproveitando sinergias na região. Em Contagem (MG), estuda-se fracionar o imóvel em até quatro módulos de 10 mil m², com divisórias, infraestrutura compartilhada e ajustes técnicos e regulatórios. O investimento estimado, entre R$ 6 e R$ 7 milhões, é considerado viável dentro do caixa do fundo imobiliário TRBL11 e pode ser executado em até 12 meses, com impacto dependendo do ritmo de absorção e das condições comerciais.

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