Fundos Imobiliários

Emissão de cotas: termos, valores e vale a pena participar

Emissão de cotas: termos, valores e vale a pena participar

Se você já é um investidor ou está dando seus primeiros passos no mercado financeiro, deve ter uma ideia do que são Fundos Imobiliários e como esse tipo de ativo funciona. Mas já se perguntou o que acontece quando os Fundos precisam captar novos recursos? Uma emissão de cotas!

Porém, o que é a emissão de cotas na prática? Neste artigo, vamos falar tudo o que você precisa saber sobre o assunto e se tornar um investidor preparado para o mercado. 

Vamos lá?

O que é a emissão de cotas?

Quando um Fundo deseja ampliar seus negócios, adquirir mais imóveis ou até investir mais na manutenção dos ativos que já possui, é preciso de mais recursos.

A forma com que os FIIs captam mais recursos é por meio da emissão de novas cotas. Assim, seus cotistas podem adquirir mais participação, outros investidores podem adquirir o investimento e o fundo obtém capital.

Dessa maneira o Fundo aumenta seu valor patrimonial e pode atingir suas novas metas. Vale lembrar que, nos documentos da oferta, o destino dos recursos deve ser descrito.

Uma emissão de cotas promove o crescimento do Fundo — que, por sua vez, é necessária de tempos em tempos. Afinal, todo FII tem a obrigação de distribuir ao menos 95% de seus rendimentos semestrais aos cotistas, e os 5% restantes podem não ser suficientes para que certas mudanças ocorram.

Tipos de oferta 

Quando falamos em emissão, existem dois tipos de ofertas que podem ser realizadas: a Oferta Pública e a Oferta Restrita. Veja:

  • Oferta Pública

Uma oferta de novas cotas na qual qualquer pessoa pode participar e, assim, se tornar cotista do Fundo.

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  • Oferta Restrita

São ofertas que permitem a participação apenas de atuais cotistas do Fundo e de investidores profissionais.

Como a emissão de cotas funciona?

Principalmente quando se trata dos investidores iniciantes, a emissão de novas cotas pode parecer um processo complicado. O primeiro passo para entender o funcionamento da emissão de cotas é saber como funcionam seus períodos. São eles:

Período de Preferência

O primeiro momento de uma emissão é o Período de Preferência, que costuma durar aproximadamente um mês.

Este é o momento que os investidores do Fundo têm para decidir se desejam ou não participar da emissão e, então, entrarem em contato com a corretora.

Período de Sobras

Após o Período de Preferência, vem o Período de Sobras. Este, como o nome sugere, tem como finalidade vender as cotas que sobraram.

Vale salientar que nem todas as emissões têm, necessariamente, um Período de Sobras. O processo é repetido e, caso deseje comprar mais cotas neste momento, basta entrar em contato com a corretora durante o período determinado pelo Fundo.

Em alguns casos, o Período de Sobras conta com um montante adicional. Isso garante que os cotistas do Fundo possam ter uma terceira chance de comprar novas cotas exercendo seu direito de preferência, ou seja: antes das cotas serem anunciadas publicamente.

O montante adicional, portanto, pode fazer com que o Período Público de algumas emissões não exista, tendo em mente que podem ter sobrado poucas cotas até aqui. Essas podem ser compradas por um cotista que deseje aumentar sua participação no fundo.

Período Público

Por último, uma emissão tem seu Período Público. É aqui que as cotas que sobraram de todos os últimos períodos, são anunciadas. Esse período é destinado para pessoas que ainda não são cotistas e desejam começar a participar do FII.

Com essa situação, ao comprar cotas durante o Período Público, é possível que um investidor receba menos cotas do que pediu. Afinal, a quantidade de cotas disponíveis é o restante das demais.

Período de Negociações

Algumas emissões podem ter um período chamado Período de Negociações. Este começa simultaneamente com o Período de Preferência, porém, acaba alguns dias antes.

Durante o Período de Negociações, os cotistas podem negociar entre si seus direitos de preferência: quem não deseja participar da emissão vende seus direitos, e outros investidores compram.

Vale lembrar que tal tipo de negociação não é permitida durante o Período de Sobras ou em emissões que não contemplam o Período de Negociações. O valor dos direitos pode variar, porém, individualmente, costuma valer em torno de R$1.

Como participar de uma emissão de cotas?

Se você já é cotista e deseja participar de uma emissão de um dos seus Fundos, comprando mais cotas e aumentando sua participação, basta fazer o processo virtual.

Entre no site da corretora, faça login na sua conta e, na aba destinada às subscrições, preencha um formulário com as informações do Fundo informando quantas cotas deseja adquirir do mesmo.

As Subscrições costumam ser anunciadas com ao menos alguns dias de antecedência, por isso, é importante acompanhar os fundos de seu interesse.

Vale a pena participar de emissões de cotas?

Depende! É necessário observar alguns pontos. Primeiramente, o risco que ter muitas cotas de um mesmo FII pode trazer à sua carteira de investimentos, afinal, uma alta concentração em um tipo de ativo pode ter menor diluição dos riscos. 

Por isso, é preciso uma boa visão de mercado antes de participar de uma emissão. Tenha em mente que cotistas que possuem mais de 10% do total de cotas de um fundo não estão mais isentos do pagamento de Imposto de Renda.

Por último, analise o passado do Fundo, do Gestor e até mesmo do mercado em que o mesmo se encontra. Evite comprar FIIs dos quais você não tenha muitas informações consistentes ou conhecimento sobre as variações. Ou que estejam tentando sair de uma crise através da emissão de cotas.

Assim como se fosse um investimento novo, a decisão de participar ou não de uma emissão exige conhecimento e que todos os fatores sejam levados em consideração.
Se este artigo o ajudou a entender como funcionam a emissão de cotas e como participar delas, nos acompanhe e aprenda muito mais sobre como investir em FIIs de forma estratégica!

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ACESSO RÁPIDO
    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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