Fundos de infraestrutura podem ser uma boa opção em 2024?

Fundos de infraestrutura

Diante da Selic em queda para os atuais 11,25% ao ano, a renda fixa tradicional já não tem a mesma atratividade que em 2023. Assim, os fundos de infraestrutura entram no radar dos investidores.

Nesse cenário, os fundos de infraestrutura (FI-Infra) que investem em debêntures incentivadas, aparecem como uma das alternativas a serem analisadas pelos investidores.

Alguns gestores apontam que certos fundos de infraestrutura podem ter desempenhos melhores que a renda fixa tradicional em 2024, tendo a vantagem da isenção de IR.

“Se a taxa Selic está baixa, se está em 9% ou 8% ao ano, o CDI ao mês vai estar 0,7%. Isso significa que, se alguns FI-Infra pagarem entre 0,8% a 0,9% ao mês, eles ganham da renda fixa tradicional”, afirma Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.

Muitos analistas têm boas perspectivas para o setor de infraestrutura em 2024 e para os anos seguintes. 

Atualmente, o Brasil investe R$ 160 bilhões por ano no setor, em média. Para superar os gargalos em relação a economias mais desenvolvidas, o Brasil teria que investir no mínimo R$ 350 bilhões.

“Por isso, o mercado de infraestrutura terá um crescimento muito forte, não só no mercado de capitais, o que vem acontecendo com o aumento de emissões do ano passado. Mas também do próprio BNDES e de outros bancos públicos e bancos de fomento”, diz Antônio Teixeira, especialista em crédito privado da JGP.

Para 2024, o mercado também está otimista com a criação das “debêntures de infraestrutura”, com chance de trazer recursos para o setor e novas oportunidades de investimento.